quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Como a Arquitetura contribui para a sociedade?


Marco Suassuna

Arquiteto, professor do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê) e menção honrosa na 10ª edição do Prêmio Jovens Arquitetos na categoria Projeto de Urbanismo


"O arquiteto e urbanista pode coordenar uma equipe multidisciplinar, traduzindo os anseios da população usuária por meio de projetos criativos de desenho urbano e ambiental que realoquem as famílias das áreas de risco para ambientes seguros, saudáveis e integrados ao tecido urbano. Prover moradias dignas, equipamentos urbanos, educação e trabalho, sobretudo para os mais carentes, é tarefa do Estado. Mas como isso vai se refletir espacialmente é atribuição do arquiteto e urbanista, cujas propostas podem auxiliar no equilíbrio entre uso e ocupação do solo e na sua relação adequada com a natureza, contribuindo assim para as tomadas de decisões das autoridades."



João Sette Whitaker Ferreira

Arquiteto, professor de urbanismo da FAUUSP e da FAU-Mackenzie

"Essas áreas são consequência da falta - reiterada e consciente - da arquitetura e urbanismo para todos. Temos que admitir que o Brasil tem uma lógica urbana perversa: produz arquitetura e urbanismo para apenas parte das suas cidades, enquanto segrega os mais pobres para longe, sem dar-lhes o direito básico à moradia. Pior: nesse Brasil em que todos festejam o crescimento econômico, são os mais pobres que constroem e fazem funcionar boa parte das nossas ricas cidades, sem poder nelas morar. A sociedade deve se convencer de que sem moradia (e cidade) para todos não iremos muito longe. Os meios técnicos e jurídicos para isso existem de sobra, e a arquitetura e o urbanismo são seus instrumentos. O que precisamos é da aceitação de todos - e de um empenho verdadeiro da profissão - para uma radical e perene inversão das prioridades dos investimentos públicos em equipamentos, infraestrutura e melhoria habitacional, para favorecer, enfim, a cidade informal e as áreas de pobreza."

Fonte: http://au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/216/artigo252472-1.aspx

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